domingo, 1 de junho de 2014

Milk Run: A Corrida do Leite

Logística Milk-Run



Traduzindo ao pé da letra, Milk Run significa Corrida do Leite. Esse nome é devido ao processo de um transportador passar em duas ou mais fazendas sem cruzar caminho na rota, retirar o leite e, em seguida, entregá-lo a uma empresa de laticínio. Isso é um dos exemplos do conceito de Milk Run, que mais comumente é usado na indústria automobilística.
Milk Run é um sistema de coletas programadas de materiais, que utiliza um único equipamento de transporte, normalmente de algum Operador Logístico, para realizar as coletas em um ou mais fornecedores e entregar os materiais no destino final, sempre em horários pré-estabelecidos.
O sistema de coleta programada de peças MR, que vem sendo adotado por um número crescente de empresas, permite um maior controle sobre as peças realmente necessárias e utiliza uma maior freqüência de abastecimento (lotes menores) com conseqüente redução de estoques.
O Milk Run possibilita um bom ambiente para a introdução, manutenção e melhorias de administração Just-in-Time, pela ter como uma de suas características a redução de estoques em toda a cadeia de suprimentos. 
Objetivos do Milk Run:
  • Reduzir Custos Logísticos;
  • Controlar os Materiais em Trânsito
  • Reduzir os Níveis de Estoque;
  • Uniformizar o Volume de Recebimento de Materiais;
  • Agilizar o Carregamento e o Descarregamento.

Benefícios do Milk Run:
  • Embarques programados segundo a necessidade do cliente – uso de janelas de coleta com data, horário e quantidades pré-estabelecidas;
  • Estoques reduzidos devido à pulverização de embarques;
  • Nivelamento do fluxo diário de recebimento de materiais e redução do trânsito interno na fábrica;
  • Otimização na utilização (capacidade volumétrica) dos equipamentos de transporte, o que reduz bastante os custos associados à movimentação de materiais;
  • Melhoria nos serviços de manuseio de materiais, possibilitado pelo uso de embalagens padronizadas e reutilizáveis e pela maior agilidade no carregamento e descarregamento dos veículos;
  • Redução substancial nos custos de manutenção de estoques, pois o que chega dos fornecedores pode alimentar diretamente a linha de produção;
  • Possibilita a implementação de sistemas Just-in-Time integrado nas empresas parceiras.

Um exemplo prático de Milk Run na indústria automobilística é a utilização de um transportador para fazer a coleta dos suprimentos em vários fornecedores de uma região e seguir em direção á montadora. Dessa forma, evita-se utilizar um transportador ou veículo para cada fornecedor, reduzindo custos com fretes e estocando apenas o necessário. 
Para obter um bom sistema de Milk Run fornecedores, operadores logísticos e clientes têm de estar sincronizados, possuir um bom canal de comunicação entre esses elos e cumprir com as devidas responsabilidades. Os fornecedores devem ter materiais prontos para embarcar na doca de expedição, na quantidade programada para o dia, observando os seguintes pontos antes da chegada do caminhão – embalagens padronizadas, devidamente paletizadas, etiquetadas e com a documentação emitida. Os operadores logísticos devem cumprir os tempos programados nas janelas de coleta (nos fornecedores) e janelas de entrega (nos clientes). Os clientes devem aos fornecedores todas as informações necessárias para a programação de suas fábricas – previsão da produção (10 semanas, por exemplo), programação da produção (2 semanas, por exemplo) e o ajuste final diário.
Quando falamos de Milk Run não podemos esquecer da roteirização. Como o transporte é um dos principais personagens do sistema Milk Run, é essencial o uso de bons softwares roteirizadores para a definição das melhores rotas para a coleta e entrega de materiais, de forma a reduzir a distância percorrida e o transit-time dos produtos. 
Fonte: http://universodalogistica.blogspot.com.br/

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